Sejam todos bem-vindos ao IX CONGRESSO INTERNACIONAL DE HISTÓRIA!
O IX CIH é um evento científico-acadêmico, e ocorrerá entre 07 e 09 de outubro de 2019 na Universidade Estadual de Maringá (UEM). E aberto ao público em geral, tendo como um de seus eixos de reflexão a "História da América em debate: fronteiras, ensino e ecologia". O objetivo mais amplo do evento é oportunizar um espaço para o debate e apresentação da produção acadêmica de docentes e discentes, contemplando a todos da nossa grande área da História.
As inscrições para o evento foram feitas em duas fases diferentes: primeiramente para as proposições de Simpósios Temáticos e Minicursos; posteriormente para envio de trabalhos a serem apresentados nos Simpósios Temáticos e para ouvintes, seguindo o cronograma especificado abaixo. Todos que se inscreveram no congresso e confirmaram o pagamento, independente da categoria, podem fazer os minicursos que lhes interessarem. Em todas essas fases será necessário usar e-mail e cadastrar uma senha. Por favor, guardem bem esses dados.
5ª CIRCULAR (30/10/2019) - Publicação dos Anais Eletrônicos
Disponibilizamos para consulta a quem possa interessar os Anais do IX Congresso Internacional de História. Para acessar o arquivo completo, deve-se entrar na plataforma dos anais através do cabeçalho "Mais informações" - "Anais do evento" e realizar a busca pelo título "ANAIS COMPLETOS" ou pela área "Anais", clicar em "ver" e, já em nova página, "Texto na íntegra". Disponbilizamos também o link para download direto do arquivo.
Informamos ainda que está disponível no Youtube as palestras e demais atividades realizadas pelo evento, basta acessar este canal e assistir às transmissões do Congresso.
4ª CIRCULAR (atualizada em 11/09)
O prazo para pagamento das inscrições foi prorrogado até a data de 30/09/2019. Inserimos também um tutorial para auxiliar na emissão do boleto (clique aqui).
A divulgação dos trabalhos aprovados pelos coordenadores dos Simpósios Temáticos foi encaminhada individualmente através de e-mail e se encerrou no dia 07/08. Esta informação pode ser consultada na "Área do Participante". Inicia-se agora a etapa de confirmação de pagamento de inscrições nos Simpósios Temáticos, que vai até 30/09/2019, bem como seguem as inscrições de ouvintes. Ao ser recebido o aceite de resumo, deve-se emitir o boleto de pagamento (link disponível no menu do participante). Para a categoria de Docente de IES, deve-se utilizar o código 5563. Para a categoria de Docentes da Educação Básica, Discentes de Pós-Graduação e Discentes PIC/PIBIC/PIBID/PIBIT/PIBIS/Residência Pedagógica/PET, deve-se utilizar o código 5564. Para os Ouvintes, o código de emissão do boleto deve continuar sendo o 5565. Quando se gerar o boleto, haverá sete (7) dias para o pagamento do mesmo.
Lembramos que as inscrições para participação no evento como Ouvintes estão abertas até o dia anterior ao início do Congresso, 06/10/19. Basta clicar em "Inscrições" na aba superior do site, rolar a tela até "Quero me inscrever" e criar login (e-mail) e senha.
Os trabalhos completos devem ser enviados até 30/09/2019 para o email "trabalhosixcih@gmail.com". As normas se encontram em link disponível na segunda circular (clique aqui).
Os participantes interessados no lançamento de livros devem encaminhar informações pessoais e dados completos da obra também para o e-mail "trabalhosixcih@gmail.com" até a data de 15/09/2019.
As atualizações de baixa de pagamentos e a homologação dos cadastros serão feitas semanalmente nas segundas-feiras até a data de 30/09/2019. Portanto, aguardem atualização do status na "área do participante" neste dia da semana.
Carta de Aceite: O documento foi encaminhado para o e-mail que o autor informou na inscrição. Pedimos que confiram a caixa de entrada e de spam. Para casos de problemas no recebimento, disponibilizamos o link abaixo para download do modelo da carta de aceite. O autor deve ter apenas o cuidado de inserir as informações de nome e título do trabalho (Clique aqui).
Minicursos: de realização online, ocorrerão através da plataforma moodle entre os dias 07 a 18/10. Os inscritos receberão um login e senha próximo a data de início para acessarem o conteúdo, as aulas e os materiais disponibilizados e deverão realizar as atividades propostas pelo ministrante. Os minicursos serão disponbilizados a todos que se inscreverem nos mesmos através do menu "atividades" da "área do participante", sem distinção de categoria de inscrição. Maiores informações estão disponíveis na 1ª circular. PARA ACESSAR OS MINICURSOS, OBSERVAR LINK E ORIENTAÇÕES DISPONIBILIZADOS NA "ÁREA DO PARTICIPANTE"
ENSALAMENTO: segue na tabela abaixo. Para o ENSALAMENTO COMPLETO, com as informações das DATAS DE APRESENTAÇÕES, >>>>CLIQUE AQUI!!<<<<<.
Os estudos sobre a Idade Média têm se firmado no Brasil nas últimas décadas. Desde 1996, com a criação da ABREM – Associação Brasileira de Estudos Medievais, vários congressos nacionais e internacionais são realizados em diversas regiões do país. Cabe destacar a existência de laboratórios de pesquisas dedicadas à Idade Média e o grande número de Dissertações de Mestrado e Teses de Doutorado defendidas nos Programas de Pós-Graduação em História, Letras, Educação e outros cursos espalhados pelo Brasil. O número de edições cada vez crescente de fontes e bibliografia, bem como a disponibilidade de obras na internet têm fortalecido os estudos. As publicações acadêmicas são outro fator que atestam a solidez das pesquisas desenvolvidas. Podemos dizer, seguramente, que somos reconhecidos internacionalmente pelo nível das pesquisas desenvolvidas no país. Este Simpósio Temático tem por objetivo reunir pesquisadores para debater, a partir das fontes, a Idade Média, e promover, deste modo, uma maior integração entre pesquisadores brasileiros e estrangeiros.
O presente simpósio temático busca agregar estudos relacionados com o campo dos estudos de gênero e da história cultural, utilizando o gênero como categoria central para pensar as definições de masculinidades divulgadas em diferentes contextos históricos, espaços e instituições sociais. Sendo assim, busca-se dar visibilidade à diversidade de produções sobre homens e masculinidades na América Latina, compreendendo a pluralidade da temática ao pensar nas várias masculinidades e nas diversas subjetividades e especificidades envolvidas nesse campo. Esta proposta tem por base o reconhecimento de que este campo particular de estudo e intervenção tem início especialmente na segunda metade da década de 1980, no marco das conquistas históricas dos movimentos feministas e LGBT. Esses movimentos exigiram leituras para além da dicotomia sexo-gênero e de uma perspectiva heteronormativa, trazendo diversos temas que se relacionam com as masculinidades, como por exemplo a organização social das masculinidades e a compreensão do modo como os sujeitos, identificados ao nascer como homens, entendem e expressam identidades. Compreendendo o cenário político nacional e internacional que explicita retrocessos no campo simbólico e institucional, marcados por conservadorismos e expressões machistas, pretende-se gerar discussões teóricas, políticas, éticas e metodológicas, a partir de trabalhos que buscam aliar debates da História com campos de saber diversos e interdisciplinares.
Ao depreender que a política está em diferentes espaços da vida social, neste Simpósio Temático objetiva-se analisar a História política e a atuação de movimentos sociais que pressionaram e pressionam o Estado brasileiro, para o estabelecimento de políticas públicas que dão visibilidade à diversidade, aos sujeitos anônimos, tais como indígenas, negros, mulheres, entre outros; historicamente silenciados na narrativa da Historiografia Tradicional e eurocêntrica. Propõe-se problematizar as políticas públicas educacionais no Brasil contemporâneo, os novos contornos políticos que anunciam o (des)compromisso com: o investimento na Educação, principalmente na pesquisa e no ensino na área de Ciências Humanas; e a autonomia de professores e professoras nas instituições de ensino de nosso país, desde a Educação Básica ao Ensino Superior, visto o crescente número de adeptos do Movimento Escola Sem Partido. Diante desta realidade brasileira, visa-se dialogar acerca da História política no Brasil contemporâneo e construir caminhos para a Educação democrática e antirracista, pautada na diversidade e no combate às múltiplas práticas de preconceito e discriminação.
O presente Simpósio Temático tem como objeto a história do MST e as escolas que estão presente no Movimento. Na luta por reforma agrária, o MST também se articula e luta pela escola pública nos seus territórios (acampamentos e assentamentos), como processo de reconhecimento da formação e escolarização dos Sem Terrinhas e da juventude do Movimento. A finalidade é proporcionar aos autores que estudam o MST um espaço de apresentação e debate público sobre a organização interna do MST, as formas e os desafios das lutas sociais pela terra, os processos produtivos desencadeados e a relação com a comunidade externa, além da história e do processo de luta e construção das escolas públicas no acampamento, por meio das Escolas Itinerantes, e as escolas que estão presentes nos assentamento. A natureza do simpósio é acadêmica, mas não há restrição à participação dos sujeitos históricos que fazem as lutas por reforma agrária no país. Como resultado do simpósio temático, será proposto aos autores a transformação dos trabalhos apresentados em capítulos para a edição de um livro.
O destino histórico da democracia foi marcado de forma teórica e prática em momentos distintos, feitos de criações, rupturas, dificuldades. “O governo do povo pelo povo e para o povo” (Lincoln) teve seu início na Grécia Antiga, caracterizado ao mesmo tempo pela democracia direta e pelo caráter restrito deste regime que excluía as mulheres, os escravos, os pobres e os estrangeiros. Na modernidade, por outro lado, a democracia tomou um caráter representativo, associando-se ao capitalismo em ascensão, marcado pelas revoluções burguesas, principalmente a americana, a inglesa e a francesa, e seus princípios foram registrados em documentos constitucionais, como a Constituição Americana. A partir dos séculos XIX e XX, a democracia foi sendo aprofundada até atingir o Estado do Bem Estar Social, sob o qual, Estado, prosperava não só a igualdade de todos os cidadãos perante a lei, mas também a promessa aos mais desfavorecidos em ampliar suas conquistas econômicas, sociais e culturais. No século XXI, por sua vez, o instituto democrático tem sido desafiado por tendências autoritárias extremistas em várias partes do mundo, inclusive na América Latina. Esse processo, embora experimentado em situações extremas no século passado, após longo período de discussões e de aprendizado, parece trazer à tona forças destrutivas que há muito se pensava abandonadas. Diante disso, esta sessão buscará refletir sobre esses graves processos, procurando esclarecer esse complexo e inquietante momento vivido pela democracia.
Nas últimas décadas, o Brasil tem passado por um aprofundamento em suas políticas macroeconômicas neoliberais. Estas transformações afetam não apenas o campo econômico como também outras áreas como sociedade, política e educação. Devido às pressões do capital internacional, cada vez mais observa-se uma redução na autonomia do Estado-nação com o fim de atender às demandas do capital em detrimento de outros setores da sociedade. Neste sentido, as análises das políticas educacionais e seus desdobramentos na educação, em todos os níveis, devem ser levados em consideração em um espectro mais amplo de mudanças ocasionadas, dentre outros fatores, pela globalização, bem como por fatores geográficos, econômicos, políticos e culturais. As transformações advindas de políticas neoliberais e neoconservadoras na Educação culminaram, nos últimos meses, na aprovação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Destarte, o objetivo deste Simpósio Temático (ST) é fomentar a troca de conhecimentos entre os pesquisadores que têm se debruçado sobre os estudos da BNCC não apenas na área de História como também nas demais áreas do conhecimento. Serão muito bem-vindos trabalhos que versem, diretamente, sobre qualquer aspecto deste documento, bem como sobre os reflexos e desdobramentos que a BNCC tem desenvolvido em âmbito municipal, regional, estadual, nacional ou em uma perspectiva comparada.
O propósito desse simpósio temático é o de recolher comunicações a respeito das relações internacionais do Império Brasileiro, tanto em relação a seus vizinhos da América do Sul, como também com relação à Europa e América do Norte. Serão particularmente bem vindas comunicações que abordem as relações do Império com atores menos conhecidos, como o México, os Estados Unidos, a Áustria, a Itália, os países andinos, etc.
Na contemporaneidade, a relação memória e história ocupa singularmente um lugar na historiografia brasileira, constituindo-se lócus de reflexão de historiadores e pesquisadores de outras áreas do conhecimento que tem como objeto de análise, o passado. Desta maneira, acreditamos que é desafiador problematizar as diversas significações que tateiam os universos da memória e da história, na medida em que conduzem as aproximações e distanciamentos, de modo a evidenciar o caráter relacional entre ambas, bem como pode conduzir para interpretações que transformam a memória em história. Neste sentido, reconhecermos que é um campo fértil dinamizador de discussões acadêmicas e debates correntes na sociedade, já que confere sentido às construções de sentidos que dão vida à realidade social, eivadas não apenas por usos, mas também por abusos. Assim, a proposta desse simpósio tem por objetivo reunir pesquisadores que tem por objeto de análises, as relações entre memórias, identidades e lutas sociais, já que a memória também no século XXI, vem sendo utilizada como estratégia de luta na conquista por direitos – identitários, comunitários, de classe, gênero, etnia etc.
Este simpósio temático tem como objetivo constituir-se como espaço para discussões que situam a pesquisa histórica nas áreas fronteiriças com diferentes linguagens, aqui entendidas como criadoras de práticas sociais, produtos e produtoras da realidade social em pesquisas delimitadas entre o século XVIII e as décadas iniciais do século XX. Com os avanços atingidos nos últimos vinte anos pela História Cultural, o diálogo estabelecido com outras áreas de conhecimento e a expansão temática resultante deste diálogo possibilitaram que os historiadores começassem cada vez mais a privilegiar objetos de estudos anteriormente pouco contemplados pela academia. Nesse movimento, diferentes linguagens têm oferecido fontes de pesquisas para historiadores preocupados em traduzir o mundo a partir de diversas formas de produção de sentidos construídas pelos homens em diferentes temporalidades. Esse diálogo tem envolvido pesquisas de naturezas diversas, associadas a diferentes (e por vezes antagônicos) modos de conceber o fazer historiográfico, de formular questões e de abordar a documentação, ligados a tradições historiográficas distintas, sendo este um dos aspectos que tem dado visibilidade à História Cultural.
A proposta deste Simpósio Temático consiste em pesquisadores envolvidos com as abordagens a respeito do conhecimento tradicional, territórios tradicionais, relação com o meio ambiente, direito das populações tradicionais, condições de especificidade e reprodução cultural, social e religiosa, políticas públicas para os povos tradicionais, exercício de práticas comunitárias e ancestrais, memória cultural, identidade racial e étnica relacionadas aos indígenas, quilombolas, agroextrativistas, seringueiros, quebradeiras de coco babaçu, caboclos, pescadores artesanais, caiçaras, geraizeiros, vazanteiros, pantaneiros, campeiros, comunidades de terreiro, fundos de pasto, faxinalenses, ribeirinhos e demais grupos culturalmente diferenciados e que se reconheçam como tal.
As investigações e os debates sobre o ensino e a aprendizagem da História têm se difundido de forma relevante e abrangente nos últimos anos, possibilitando intercâmbios de experiências e conhecimentos em âmbito regional, nacional e internacional. Tanto no Brasil quanto nos demais países latino-americanos, a atualidade do debate tem foco em questões como as experiências históricas traumáticas e controversas e os desafios para o ensino, a necessidade de aproximação entre os debates epistemológicos e as discussões sobre o ensino, assim como as possibilidades de articulação curricular em âmbito regional, superando o ensino de história pautado no viés identitário e nacionalista. Tendo em conta esse panorama, o presente simpósio busca reunir trabalhos e fomentar debates sobre o ensino e a aprendizagem da História nos âmbitos escolar e universitário, tais como o ensino de temas relevantes e controversos, aspectos e desafios da aprendizagem histórica, formação de professores, avaliação, linguagens culturais, entre outros. O objetivo é promover e analisar o avanço das pesquisas na área, assim como avaliar limitações e identificar horizontes reflexivos, normativos e pragmáticos.
Para a História, o silêncio ou a pouca análise de muitos temas por parte de seus profissionais fazem com que inúmeras obras ficcionais ocupem um papel privilegiado. Em semelhante contexto, vemo-nos diante de uma literatura que propõe uma leitura das dimensões da experiência social e da invenção desse social, sendo fonte histórica das práticas sociais de forma geral, pois registra e expressa aspectos múltiplos, diversificados e conflituosos da sociedade no qual está inserida. Pensar o uso da literatura como documento para o historiador, ou o seu contrário, bem como os limites e a pertinência de tal abordagem, é a base da proposta desse simpósio temático, que buscará aglutinar trabalhos que venham a debater e interrogar não só as obras ficcionais como também a sociedade na qual tais obras estão constituídas, além de fazer a discussão do corpus teórico que valida a ponte entre ambas as disciplinas.
A partir de uma proposta interdisciplinar o presente simpósio tem como objetivo discorrer a respeito dos documentos e da historiografia para o estudo da antiguidade e do medievo. Os eixos temáticos estabelecidos para a discussão seguem a orientação do STVDIA: Grupo de estudos interdisciplinares em Antiguidade e Tardo Antiguidade, criado no ano de 2016. São eles: relações de poder; cristianismo primitivo, instituições antigas e medievais nas regiões ibero-mediterrânicas, cultura e ensino.
Pretende abrir a discussão para a relação entre a pesquisa e a prática no campo do ensino e aprendizagem histórica considerando os objetivos dos cursos de pós-graduação. Destaca as linhas de pesquisa em ensino de história dos cursos de pós-graduação denominados “acadêmicos” e os Mestrados Profissionais em Ensino de História (ProfHistória) tendo como objeto: políticas, propostas, currículos, produtos, livros didáticos, metodologias, experiências, etc., desde que devidamente fundamentadas na epistemologia da História¸ bem como em áreas afins. O Simpósio abarcará estudos sobre ensino e aprendizagem de história nos dois âmbitos, acadêmico e profissional, visando estabelecer um diálogo profícuo, entendendo que toda pesquisa neste campo compreende dois tipos de prospecção de futuro que são interdependentes: um pautado no ensino de qualidade, qual seja, o ensino capaz de desenvolver comportamentos e valores de uma sociedade democrática e outro de influenciar a História Pública no sentido de construir ideias, concepções, orientações históricas mais elaboradas/científicas para além da Universidade e da Escola.
Este simpósio temático tem como objetivo ser um espaço de discussão acadêmica a respeito das Estradas de Ferro entre os séculos XIX e XX. A chegada das ferrovias no interior Brasil transformou as paisagens, influenciou a apropriação de novos elementos culturais, esteve ligada aos jogos políticos e aos interesses econômicos de diferentes grupos sociais. Poderão ser objetos dos trabalhos apresentados no simpósio estudos sobre empresas ferroviárias, estudos sobre a relação entre o transporte ferroviário e a urbanização, pesquisas sobre cotidiano e o trabalho no setor ferroviário e a respeito do patrimônio ferroviário. Procuramos reunir estudos sobre Estradas de Ferro que partam de perspectivas historiográficas que englobam a História Econômica, a História Urbana, da História das Empresas, a História dos Meios de Transporte, a História das Ciências e Técnicas, a História Local e Regional, a Micro-História e Memória e Patrimônio Cultural. Entendemos que as ferrovias são objetos de investigação que possibilitam aos historiadores e demais profissionais que abordam a temática uma gama de temas que se entrelaçam e que formam um mosaico que permite a compreensão das dimensões da economia, política, cultura e sociedade brasileira e de outras regiões do mundo no pós-Revolução Industrial.
Nas últimas três décadas, acompanhamos o crescimento da pesquisa sobre a história dos povos indígenas no Brasil, posicionando-os enquanto protagonistas da história e não apenas como vítimas da inexorabilidade histórica. Essa abordagem deu visibilidade a questões relacionadas ao uso de conceitos, e de metodologias. Hoje, existe certo consenso de que a reflexão sobre a história indígena deve destacar a importância da conjugação de dados e métodos de várias disciplinas como história, antropologia, arqueologia, linguística, geografia, ecologia, dentre outras, metodologia que chamamos de Etno-História. Além disso, é fundamental que se valorize as tradições orais e os conhecimentos desses povos. Outro elemento importante para os estudos históricos têm sido a análise da política indigenista, que tem demonstrado o esforço assimilacionista empreendido pelo Estado Brasileiro desde a sua fundação e a pouca efetividade dos dispositivos previstos na Constituição Federal de 1988. Esse simpósio pretende reunir trabalhos de diversas perspectivas que convirjam para o campo da Etno-História Indígena e para a História do Indigenismo.
Os estudos que têm como temática os anos da ditadura militar brasileira se diversificaram à medida em que tiveram contato com os diferentes matizes teórico-metodológicas que transformaram a produção do conhecimento histórico. Desta maneira, a produção historiográfica transitou (e transita) da crônica jornalística dos anos 1960, passando pelos estudos de viés econômico e marxista dos anos 1970/1980 até atingir as mudanças impulsionadas pela vertente francesa da chamada “Nova História”, da micro-história italiana e da produção da nova esquerda inglesa, especialmente a partir dos estudos de E. P. Thompson. As transformações teóricas abriram caminho para que outros corpos documentais fossem integrados às pesquisas, possibilitando que novos campos de análise forneçam suporte para a compreensão deste período nefasto da história recente do Brasil. Entre estas “novas fronteiras” abertas, destaca-se o campo da cultura e de seu potencial de transformação social no contexto da chamada “arte revolucionária”. Desta maneira, o objetivo deste simpósio é reunir pesquisas que abordem esta esfera, nas mais diferentes manifestações artísticas, tendo em vista os 21 anos de duração do período da Ditadura Militar, levando em consideração aproximações e distanciamentos, ou seja, pensar o campo da cultura, tanto no ponto de vista de sua oposição (arte engajada), quanto de seu aspecto condescendente (arte cooptada).
Sob influência inicial da história social e do impacto das pesquisas do filósofo francês Michel Foucault, principalmente, a historiografia sobre o crime e o delito buscou fazer uma história das prisões, mas também dos prisioneiros; da polícia, mas igualmente dos policiais e do policiamento; dos discursos e instituições penais, mas em suas múltiplas e contraditórias interações com a sociedade. A partir dos anos de 1990 se desenvolve uma história cultural do crime, em certa medida um alargamento das possibilidades abertas nas décadas anteriores pela historiografia de corte mais social. A partir desses novos aportes teóricos, a historiografia recente tem se mostrado sensível à articulação entre os discursos, saberes, estratégias e instituições de poder (governos, prisões, polícia, criminologia, etc...), sem descuidar de apontar as descontinuidades entre as formulações discursivas e institucionais e sua efetiva, e por vezes precária, penetração nas experiências e práticas cotidianas. O objetivo desse Simpósio Temático é explorar e discutir temas como crime, criminalidade e criminosos; delitos, delinquência e delinquentes; polícia e práticas policiais; instituições prisionais; discurso jurídico e criminológico, entre outras possibilidades abertas à história do crime e do delito e temas afins.
O objetivo desse Simpósio Temático é proporcionar a oportunidade de encontrarmos pessoas que atuam na área da criança, construindo essa História da infância e da juventude no Brasil. Espaço, portanto, de interlocução com novas perspectivas de análise conferidas pelas possibilidades da abordagem interdisciplinar em História, assim como de interlocução com outros campos do conhecimento e seus profissionais - como é o caso, dentre outros, do Direito, da Educação, da Saúde, do Serviço Social, da Antropologia e do Jornalismo. O Simpósio Temático tem estabelecido o diálogo entre a historiografia e os setores da sociedade voltados à infância, à adolescência e à juventude e incorporando discussões conceituais, sem perder de vista a perspectiva da construção histórica.
A proposta deste Simpósio contempla pesquisas com abordagens e temáticas relacionadas à História, aos Intelectuais e à Educação no contexto brasileiro e internacional. Inserem-se, nesta categoria, trabalhos que promovam uma articulação entre História Intelectual ou História dos Intelectuais, História da Educação, privilegiando as complexas relações entre os sujeitos, as instituições e as ações políticas nos mais diferentes espaços do mundo social, cultural e educacional. Assim, a intenção é possibilitar a divulgação, o debate da produção acadêmica e a visibilidade de estudos de História Intelectual ou História dos Intelectuais e História da Educação.
O presente simpósio temático tem por objetivo reunir trabalhos acadêmicos centrados na discussão sobre o processo de ocupação e colonização nas fronteiras da América Latina durante os séculos XIX e XX. Ao discutir a temática das fronteiras internas, busca-se compreender a dinâmica da produção da fronteira, permitindo avançar na construção da história dos conflitos agrários, no entendimento que toda a produção de fronteiras pode ser analisada pela dinâmica impressa pelos sujeitos envolvidos em sua construção. Para entender a dinâmica da fronteira interna, não se pode deixar de indagar a formação da fronteira externa no que envolve o conflito entre nações. O entendimento é válido também para a região das três fronteiras, Argentina, Paraguai e Brasil, particularmente no lado brasileiro dessa tríplice fronteira, no extremo oeste do Paraná, por ser uma região de colonização recente e de muitos conflitos agrários. Com isto, este simpósio tem por objetivo trazer para a discussão os conflitos agrários, políticos e culturais que marcaram a história recente desta e de outras regiões do Estado do Paraná. Além de temas voltados para esses conflitos, o presente simpósio tem por objetivo discutir também a questão indígena, a migração e movimentos sociais campesinos.
O crescente interesse pelo estudo das ideias reacende a necessidade de discussões que expandam o entendimento sobre o domínio historiográfico da história das ideias. Através de suas diferentes abordagens teóricas e metodológicas, esse domínio da História também proporciona discussões sobre a própria noção de ideias e seus usos em diferentes contextos. Sendo assim, esta sessão abrange um grande rol de temas buscando um nexo entre as questões históricas e o modo como elas se expressam ao nível do pensamento. Estudos de conceitos, pesquisas focalizando a trajetória teórica de intelectuais, bem como estudos sobre teorias e ideologias, dentre tantos outros temas desta área de pesquisa, naturalmente enriquecerão esta sessão.
Propomos reunir neste simpósio temático os trabalhos de pesquisa que tratem das diversas manifestações da história pública na internet, a fim de refletir sobre as maneiras como vêm sendo promovidas e quais as características destes materiais de difusão do conhecimento histórico. Com o afastamento dos debates historiográficos do grande público, e graças aos avanços dos meios de comunicação digitais pela internet, os historiadores veem sua legitimidade social para falar do passado diminuída. É notório que grupos e pessoas têm ganhado espaço na discussão pública da história, mesmo sem terem a chancela acadêmica ou passado pelos bancos da universidade. Ainda que não seja este um fenômeno novo, sua dimensão aumentou muito com a difusão rápida do uso da internet, especialmente com os recursos audiovisuais que ela permite serem incorporados nos materiais produzidos para este ambiente virtual de aprendizagem histórica. Também é de se notar que muitos historiadores - e cientistas em geral - têm levado adiante projetos de difusão científica utilizando-se dos mesmos recursos que os não-profissionais. Sendo assim, neste simpósio esperamos promover o encontro e debates entre aqueles que pesquisam a difusão científica pelos meios digitais e, ainda, os que já a fazem de alguma forma e vêm produzindo reflexões sobre suas experiências.
O presente simpósio visa trazer discussões sobre Império no chamado Antigo Sistema Colonial, levando em conta as conquistas lusas, domínios de vastos territórios na América, África e no Oriente, e as relações das nações e império conectando-se umas às outras em diferentes arranjos temporais e espaciais, cada uma delas com dinâmicas próprias, que se articulavam com o centro da monarquia em Portugal indo além da análise única das relações entre metrópole e colônia, insuficiente para explicar a multiplicidade das experiências de conquista e de colonização na Época Moderna. Assim, pretendemos estabelecer relações de pesquisas que debatem as múltiplas possibilidades que envolvam questões política, econômica, social e cultural em relação a complexa construção do Império Português sobre os séculos.
A história da agricultura não tem tido o espaço que merece. Visando preencher essa lacuna, esse simpósio pretende agregar pesquisadores que tratem da interface entre história da agricultura, história das ciências e das técnicas e história ambiental, privilegiando a implantação da agricultura científica no século XIX e primeira metade do século XX. Os temas incluem armazenamento (silagens, embalagens); circulação mercadorias e pessoas (estradas, ferrovias); irrigação e drenagem; mecanização (arados, grades, etc.) e adubação (orgânica e química); aclimatação de animais e plantas; entomologia, botânica, zoologia e química agrícola. Em suma pretende-se agregar pesquisadores que estudem a transição da agricultura de ‘corte e queima’, chamada de ‘rotina agrícola’, para a agricultura científica que permitia ocupar terras devastadas pelas práticas agrícolas de então (os chamados desertos). Tanto a agricultura rotineira, quanto a científica causavam fortes impactos ambientais e estudos que abordem relação entre agricultura e meio ambiente terão seu lugar. A aplicação da ciência à agricultura exigia a formação de um homem novo, capaz de entender e aplicar os novos saberes, então houve a necessidade de implantação do ensino agrícola, tanto formal como informal, nessa perspectiva temas como escolas agrícolas, estações experimentais, casas de demonstração de máquinas fazem parte do escopo desse simpósio. Pesquisas sobre história da silvicultura, horticultura e da jardinagem também são bem vindas.
O objetivo do simpósio temático (ST) é se tornar um espaço de reflexão e socialização de pesquisas em História, especificamente, em relação às interfaces entre a modernidade(s), os povos indígenas e as independências nos domínios coloniais iberoamericanos. Embora tais termos - modernidade, povos indígenas e independências - sejam recorrentes nos estudos históricos das últimas décadas, de modo geral, existe um espaço a ser explorado e preenchido nos ambientes acadêmicos universitários em relação a tais temas. Interessa para este ST as abordagens da História sobre as diversas experiências da modernidade e os povos indígenas; assim como os estudos históricos renovados sobre as independências em diversas perspectivas de análise (transnacional, nacionais, regionais e/ou local) e suas relações com os povos indígenas. O período que prioriza este ST é amplo e corresponde aos séculos de dominação colonial até as primeiras décadas do século XIX. Espera-se que este ST possa juntar diversas perspectivas, metodologias e/ou abordagens e colocar a História de América em debate o que irá contribuir para estreitar as relações entre a UNILA e as IES da região Sul do Brasil.
O simpósio temático objetiva reunir pesquisadores dedicados ao estudo de escritos políticos (obras teóricas, literárias, panfletos, etc.) modernos e contemporâneos, e que busquem interpretá-los de modo vinculado ao tempo histórico em que foram produzidos e divulgados. Serão também aceitos trabalhos voltados à reflexão metodológica acerca da abordagem do texto político.
O interesse pelo campo da História Intelectual cresce notadamente, fenômeno que se verifica, por efeito, no aumento do número de simpósios ofertados em diferentes eventos acadêmicos. Diante desta expansão tem se percebido o próprio amadurecimento do campo, com o surgimento ou a ampliação de novos interesses e/ou problemáticas e das possibilidades de investigações, notabilizando-se novas vinculações e diálogos interdisciplinares, seja com a História Política ou Cultural ou, mesmo, com vinculações ao campo do Pensamento Social, à Sociologia dos Intelectuais ou aos chamados Estudos Culturais. Assim, o ST História Intelectual: produção, circulação, mediações tem por intenção congregar trabalhos na área de História Intelectual e que venham investigando aspectos relacionados à produção de ideias/obras e suas formas de circulação, de mesma maneira interessando oportunizar espaço às pesquisas voltadas ao papel dos chamados intelectuais mediadores, entendendo – com isto – a importância em se problematizar o próprio papel e lugar da produção intelectual e de seus agentes/atores.
Desde a ampliação das fontes históricas feita durante os anos de 1960 e 1970, o cinema passou a ser visto pelos historiadores como uma importante fonte de pesquisa. Assim, de acordo com a historiadora Michele Lagny (1997), devemos entender o cinema como um produto dos atores sociais de determinada época em que é produzido, ele pode conter elementos que podem ser analisados pelos historiadores, contudo, determinada película ou movimento cinematográfico devem ser problematizado levando em conta: a qual corrente estética pertence a película? Quem é o diretor? Quem são seus produtores? Houve financiamento estatal? Levando em conta essas perguntas podemos pensar em caminhos que a película pode ter circulado, se houve direcionamento a algum público em específico, poderia haver propaganda política contida nesses filmes. Portanto, o filme se mostra com um importante veículo de divulgação de ideias e que nos ajuda a entender melhor o contexto e a sociedade que o produz (VALIM, 2006). Neste sentido, este simpósio em específico possui como objetivo discutir o cinema produzido pela América, buscando tencionar as representações acerta de movimentos e/ou de grupos específicos e suas construções nas mais diversas produções cinematográficas produzidas na América.
O simpósio temático “Gênero e velhice: as vulnerabilidades do tempo presente”, tem como objetivo acolher propostas investigativas que discorram sobre as interfaces entre gênero e velhice, enquanto categorias relacionais e performáticas, revelando a experiência humana de mulheres. Se a categoria gênero se traduz numa construção social, permeada por relações de poder, constituída por atributos e funções, evidenciando diferenças e inter-relações entre seres humanos, na velhice, as mulheres, diante da decrepitude física ocasionada por condições degenerativas e naturais do organismo, aliada às funções sociais, econômicas e culturais atribuídas historicamente, são, quase sempre, arremessadas a inúmeras condições de vulnerabilidades. Destarte, no âmbito da comunidade acadêmica, torna-se importante difundir e fomentar debates sobre os conhecimentos de mulheres idosas, inscritas em estruturas visíveis e invisíveis de exploração, opressão e truculência a que são submetidas, enquanto mulheres e idosas.
A proposta básica desse Simpósio Temático, que procura manter laços de continuidade com os que foram realizados em edições anteriores deste Congresso, é reunir pesquisadores e professores que trabalham no vasto universo da(s) história(s) da(s) África(s) e da(s) diáspora(s) africana(s) para apresentarem e debaterem trabalhos pertinentes ao tema. Tendo em vista a importância de agregarmos os que militam na área na atual conjuntura de (a) aberta e franca hostilidade de alguns setores da nação brasileira aos objetos dos quais nos ocupamos como profissionais da história e das ciências humanas e de (b) desaceleração do ritmo do interesse acadêmico por questões da história africana e afrodescendente, não consideramos conveniente estabelecer limites em termos de periodização, de espaços e de objetos empíricos propriamente ditos. Todas as épocas e regiões do continente podem ser devidamente contempladas. Esperamos, assim, obter um balanço do que vem sendo investigado e trabalhado didaticamente no país a respeito do assunto.
En el año 2019 se cumple el sesquicentenario de la ocupación de Asunción por las fuerzas aliadas en lo que se puede denominar como último tramo de la Guerra de la Triple Alianza, conflicto bélico que marco la historia de América Latina, de los países beligerantes y especialmente del Paraguay, territorio de la contienda. El conflicto en sí mismo como las consecuencias marcaron demográfica, socioeconómica y políticamente la historia posterior del Paraguay y de la relación de este con sus países vecinos. Por otro lado, en el 2019 se cumplen 30 años de la caída de Alfredo Stroessner, dictador que estuvo en el gobierno paraguayo de 1954 a 1989 y marco la historia del Paraguay contemporáneo. Haciendo pie en las dos conmemoraciones el objetivo principal del simposio es crear un espacio para la discusión y la reflexión de trabajos de investigación sobre la historia de Paraguay como objeto principal o transversal que aborden temáticas desde la mitad el siglo XIX y hasta la actualidad que permitan repensar y/o discutir aspectos demográficos, socio-económicos, políticos e historiográficos.
Este Simpósio Temático busca aglutinar pesquisas e experiências que perspectivem aspectos do ensino-aprendizagem em História considerando as diferentes experiências sociais e suas combinações, somadas às distintas memórias sociais brasileiras. Espera-se ponderar sobre a trajetória histórica, a forma como se constitui (ou não) enquanto conhecimento histórico escolar e, como participa, efetivamente, da construção de uma sociedade múltipla, em que os diversos grupos sociais, assim como os seus entendimentos do passado, por meio dos diferentes usos da História, são considerados como um dispositivo aglutinador que pode caminhar para a equidade ou para a dissensão. Propomos estabelecer um espaço de socialização de pesquisas e experiências em um diálogo coletivo e plural no contexto das demandas atuais da formação escolar, do lugar social e dos múltiplos usos do ensino de História. Nessa perspectiva, os temas como a formação docente, à luz dos diferentes usos do ensino de História, as práticas em sala de aula, a produção do conhecimento histórico, considerando as implicações do tempo histórico de uma sociedade que convive com a difusão de informações em alta velocidade, nos desafiam a problematizar a formação de professores para o ensino de História, dentre outras questões que encerram o processo de ensino-aprendizagem.&
O Simpósio Temático Estudos do Tempo Presente propõe discutir questões metodológicas e epistemológicas relacionadas aos desafios do Tempo Presente, bem como, suscitar o debate interdisciplinar relacionando questões de história política, história das relações internacionais, política internacional, cultura, cinema e música. Tem-se especial interesse nos temas relativos a Estado, sociedade, desenvolvimento, guerras, imprensa, cinema, literatura, música, propaganda, diplomacia, política externa brasileira, entre outros, concernentes às áreas de Ciências Sociais, História e Relações Internacionais.
As demandas da patrimonialização têm se intensificado no século XXI e, como tal, têm nos colocado diante do acirramento das disputas pela memória e de reivindicações de diversos grupos e/ou etnias que clamam pelo reconhecimento de seus bens e tradições culturais, tomados como representações identitárias. A percepção dessa dinâmica torna imperioso o enfrentamento das correlações de forças entre os gestores públicos e os grupos que reivindicam a preservação das ambiências naturais e das culturas materiais e imateriais. Nesse sentido, interessa a esse simpósio reunir pesquisadores e demais profissionais empenhados em problematizar o potencial criativo dos museus e dos centros de memória tomados como guardiões da cultura material e imaterial; em analisar produções artísticas que inspirem a abordagem das representações identitárias no Ensino de História; em refletir acerca das atividades turísticas embasadas no desenvolvimento sustentável, na valorização das populações residentes, dos núcleos históricos, das paisagens culturais e das áreas de conservação ambiental.
A proposta desse simpósio incorpora múltiplos temas, que relacionam os estudos das relações entre sociedade e natureza, desde a reconstrução do mundo natural até suas mais diversas representações e usos: discursos, práticas, tecnologia e ciências, percepções do mundo natural. Este ST propõe reunir trabalhos que investigam as correlações entre História, Espaço, Território e Natureza polemizando sobre a transformação do meio físico e da paisagem e os impactos dessas alterações para as comunidades naturais e humanas. São importantes tanto os estudos que discutam os conceitos e as fontes, quanto aqueles que refletem sobre as representações, concepções e atitudes e, bem como, os que analisam os processos e atividades humanas concretas. Nesse sentido interessam, entre outros, os estudos relacionados aos aspectos étnicos, demográficos, socioambientais e naturais da formação histórica do território, como aqueles que se debruçam sobre os desafios da sustentabilidade; as mudanças climáticas antropogênicas; as relações entre movimentos sociais e o ambiente. Busca-se propiciar o diálogo entre diferentes abordagens teórico metodológicas e viabilizar a troca de informações entre pesquisadores com focos espaciais e temporais diversos.
A temática indígena tem sido amplamente discutida por diferentes áreas do conhecimento, nos últimos 40 anos, na perspectiva de evidenciar o protagonismo indígena no período pós-contato, o que tem contribuído para reformular ideias e pensamentos sobre os conhecimentos e presença da grande diversidade étnica, cultural e linguística desses povos, bem como para desconstruir estereótipos e preconceitos que perduram após 500 anos de contato. Objetivando contribuir nessa desconstrução, propomos este espaço multidisciplinar de discussão de pesquisas que investiguem problemáticas dos povos indígenas em suas diferentes abordagens no campo das Ciências Humanas, da Educação e das Políticas Públicas, tais como a obrigatoriedade do ensino de história e cultura dos povos indígenas no Brasil, concernentes à Lei 11.645/2008, e as políticas para implementação da educação escolar indígena na Educação Básica e Superior, conforme estabelecidas na Constituição Federal de 1988 e demais pesquisas que analisem discussões acerca dos direitos indígenas e das políticas públicas para esses povos.
O Laboratório de Estudos em Religiões e Religiosidades – LERR-UEM apresenta este Simpósio Temático cujo principal objetivo consiste em analisar as diversas manifestações de crenças e práticas religiosas e suas relações com os discursos que o compõem. Para tanto busca refletir acerca dos processos nos quais os diversos grupos religiosos produzem e/ou reproduzem seus discursos e normalizam suas práticas em diferentes espaços - religiosos ou não. Atentar às experiências religiosas exige um aparato conceitual, teórico e metodológico que permita lidar as inerências e singularidades de cada objeto. Para estudar as crenças nesta perspectiva, deve-se partir do conhecimento dos contextos socioculturais nos quais surgem e se desenvolvem; dar conta dos fatos religiosos em termos da totalidade da cultura e da sociedade em que estão inseridos, na tentativa de apreendê-los em sua complexidade e especificidade. Nesse sentindo, o ST preza pelo diálogo transdisciplinar com o intuito de contemplar os diversos enfoques que se lançam sobre as crenças e/ou práticas religiosas, não apenas da religião e seus desdobramentos, mas também da experiência religiosa como construção de conhecimento.
Neste Simpósio Temático, nossa preocupação central é fazer uma reflexão sobre a história política, desdobrando o debate para temas, abordagens e problemas mais sensíveis, tais como a questão das graves violações de direitos humanos, da violência, das ditaduras, da tortura, do autoritarismo, do holocausto, da escravidão, da imigração diaspórica, bem como das questões de gênero (mulheres e grupos LGBTs), dos indígenas, dos camponeses e dos quilombolas. Historicizar esses temas é fundamental para refletir sobre questões tais como: cidadania, justiça social, igualdade, liberdade e direitos humanos e sociais historicamente conquistados, por meio de lutas políticas e sociais de muitos/as agentes sociais. A “dívida” de memória que as sociedades brasileira e latino-americana têm com povos e grupos sociais que sofreram graves violações é imensa. Assim sendo, temos que buscar ferramentas teóricas e metodológicas adequadas para analisar esse passado sensível e traumático e apontar caminhos de reflexão para os esquecimentos da sociedade, tanto os construídos, como os silenciados. Este Simpósio Temático tem como objetivo oferecer um espaço de diálogo sobre estas áreas de pesquisa, privilegiando trabalhos que apresentem pesquisas recentes e/ou inovadoras sobre política e movimentos sociais e suas relações com os temas sensíveis, com enfoque no Brasil e na América Latina; e reflexões teóricas, metodológicas e empíricas sobre a questão da memória.
Na BNCC, a noção de competência é utilizada enquanto tratamento pedagógico de conteúdos. Neste sentido, o intuito do Governo Federal é alinhar as políticas educacionais brasileiras às políticas globalistas que advogam, para a Educação, valores internacionais. Esta mudança ocorre tanto por pressão social quanto mercadológica. Há também uma pressão internacional para esta reformulação por considerar o ensino por disciplinas como um conhecimento fragmentado, academicista, individualista, pouco relevante e atrativo aos alunos. A disciplina de História, como componente curricular, está inserida na Base Nacional Comum Curricular na área de Ciências Humanas. Tal como as demais áreas de conhecimento apresentadas (Linguagens, Ciências da Natureza, Matemática, Ensino Religioso), as Ciências Humanas possuem um quadro de competências específicas. Neste sentido, nosso objetivo neste minicurso é trazer à baila novos desafios que a BNCC traz não apenas ao professor de História como também das demais áreas: o ensino por competências. Embora o foco seja a componente curricular de História, este minicurso dá a possibilidade de se estudar outras componentes contempladas pela BNCC do Ensino Fundamental dos anos finais.
Durante o período de institucionalização do cristianismo como religião, houve uma forte fiscalização para que se cumprisse as diretrizes da Igreja primitiva, decididas em sínodos e concílios. As novas concepções teológicas que surgiam eram declaradas cismáticas, heréticas ou incorporadas. O objetivo desse minicurso é introduzir a questão do que é um monge, abordar o que são práticas ascéticas, a história do surgimento dessa vertente dentro do cristianismo desde ca. de 270 com os primeiros ascetas nos desertos da Síria, que priorizavam, solitariamente, a contemplação a Deus e as lutas contra seus “próprios demônios” (Colombás, 1974: 1.37), contemplando um percurso sobre a vida, filosofia e teologia de alguns dos principais representantes na antiguidade, como Santo Antão (251 - 356), Basílio de Cesareia (329 – 379), João Cassiano (360 – 435) e Agostinho de Hipona, o Santo Agostinho (354 – 430). Buscar-se-á abordar também uma introdução à Regra dos Padres, Regras do Mestre, que regulamentavam esse estilo de vida, os tipos de comunidades monásticas (cenobitas, anacoretas, sabaites, gyrovagues), assim como a institucionalização dessa vertente pelo cristianismo até o século VI.
O mini-curso tem por objetivo fornecer subsídios teóricos e metodológicos às narrativas da moda, envolvendo a imprensa e os gêneros nas espacialidades e ambiências. Posto isso, desenvolveremos o trabalho em três partes: 1) As fontes impressas e artefatos da cultura material nas produções de significados para as virilidades e feminilidades; 2) Os discursos de elegância nas imagens das propagandas em periódicos; 3) Os sentidos da moda construídos pelos periódicos nas relações de gênero como produtoras de feminilidade e masculinidade.
O crescente aporte da imprensa no campo da pesquisa histórica reflete uma maior percepção do seu valor documental e simbólico para os estudos históricos. Com a renovação do campo da História e, particularmente, da História Cultural, houve uma dilatação do campo temático, provocando uma nova forma de olhar para os fatos e, com isto, ampliando consideravelmente os tipos de fontes aceitas para a construção histórica. Neste contexto, a imprensa, antes vista como uma fonte pouco segura, devido ao seu caráter efêmero, assume um novo papel para o trabalho do historiador. O sentido fugaz da informação impressa em jornais, revistas e, mais recentemente, em sites e blogs, destacam o registro do momento em que aconteceu o fato. Tais evidências representam os pensamentos e ideias de uma época. Contudo, os discursos produzidos se inserem em meio às disputas e interesses de cada meio. Desta forma, cabe ao historiador estar atento aos cuidados e limites que a imprensa, como fonte, impõe. O objetivo deste minicurso é discutir métodos de análise da imprensa como fonte histórica, apontando os riscos e as precauções necessárias, refletindo sobre possíveis abordagens teóricas e metodológicas, de modo para uma pesquisa eficiente e eficaz.
O termo Mutilação Genital Feminina (MGF) foi adotado desde 1991 pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para identificar diferentes tipos de procedimentos que envolvam a remoção parcial ou total da genitália externa feminina e/ou qualquer outro dano aos órgãos genitais femininos por razões não médicas. Neste sentido, ao adotar o termo “mutilação” ficou expressa ideia de violência contra mulheres e o compromisso dos organismos internacionais em erradicar esta prática que está presente em 30 países africanos e asiáticos, mas também em comunidades na Europa e América Central e do Sul. Estima-se que cerca de 500 mil mulheres no mundo foram submetidas ao procedimento e que cerca de 8 mil meninas entre 04 e 12 anos são submetidas diariamente a MGF. Atualmente, as Organização das Nações Unidas (ONU), a Amnistia Internacional e Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) e Parlamento Europeu reconhecem a MGF como uma violação dos direitos da Mulher e da Criança, e por isso, alguns países europeus criaram uma legislação específica que criminaliza a MGF e promovem projetos a níveis transnacionais que denunciam a violência e impactos sociais, psicológicos e físicos da prática. Este minicurso tem como objetivo apresentar as principais características da prática.
Esse minicurso, proposto por integrantes do Laboratório de Estudos e Pesquisas em História, Moda e Cultura (La-Moda/UEM - CNPQ) tem como objetivo apresentar conceitos e técnicas pertinentes às pesquisas e/ou futuras pesquisas no campo da História que tem ou almejam como fonte o ambiente online. Para tanto, serão abordadas práticas, posturas e preocupações metodológicas e éticas fundamentais para esse fim. Sites e redes sociais serão privilegiados na discussão, por serem fontes documentais online que apresentam recursos para análise textual – verbal e/ou falado e imagético, o que expressa de maneira considerável a dinâmica da sociedade e cultura contemporânea. Logo, ir além das fontes tradicionais pode trazer maior profundez às investigações acadêmicas, em especial as que têm como enfoque a História do tempo presente.
“Façamos o homem à nossa imagem, como nossa semelhança” (Gn 1, 26), a célebre frase divina que inaugura a história na cosmovisão cristã é alicerce para a busca humana da reaproximação ao protótipo divino: homens e mulheres pontuaram a história pela sua dedicação à religião e, uma vez mortos, se destacaram entre outros mortos: são santos! Humanos mais próximos da imagem criada inicialmente que retornam aos céus e, de lá, observam e rezam pelos seus sucessores. A tradição dos eleitos judaicos somada a uma leitura bíblica apocalíptica e evangélica criou o santo cristão que, mais próximo da imagem de Deus, se transformou também em imagem pelas mãos de homens terrenos. O cristianismo é uma religião de imagens e, assim como Cristo e a Virgem, esses mortos especiais também ganharam um forte apelo visual. Neste minicurso, apresentaremos uma introdução ao estudo da santidade e de suas imagens, compreendendo a polissemia do conceito em suas compreensões institucionais, assim como o modo com que as ciências humanas têm abordado a questão. Contextualizaremos as diversas possibilidades de santidade ao longo da história e discutiremos, ainda, o modo como o cristianismo assimilou o uso e as funções das imagens e relacionou a potência de criação visual a estes humanos mais divinos, criando uma miríade de figurações plurais e adaptáveis às mais diversas demandas.
A proposta deste minicurso tem como escopo debater processo historiográfico da biografia histórica. Compreendemos que tal gênero historiográfico, assim como outros, passou por consideráveis mudanças, principalmente no que toca aos usos da biografia, ora cumprindo um papel de legitimação dos “grandes feitos e heróis”, principalmente entre os séculos XVIII e XIX, ora atendendo às exigências mercadológicas mais recentes, protagonizando polêmicas de biografias não autorizadas. A legitimação da biografia passa por julgamentos, sobretudo, quando esta é vista como produção meramente ficcional. A proposta deste minicurso é de mergulhar no sujeito biografado como um meio que permite a abertura de um leque maior para o estudo do sujeito histórico inserido em corpos sociais, onde sua vivência tem sentido por se inserir em lugares propícios para relações de poder. Autores como Pierre Bourdieu, François Dosse e Benito Bisso Schmidt, comporão o debate.
O minicurso promoverá discussões sobre a relevância das relações entre os museus, centros de memória e a produção do conhecimento histórico; e também, debates sobre a valorização dos patrimônios escolares nos espaços de sociabilidade das instituições do Ensino Básico. Estes enfoques, em última instância, culminarão na análise de inventários participativos realizados nas escolas e municípios, embasados nos conceitos de sustentabilidade e pertença. Para tanto, serão abordados instrumentos técnicos necessários para organização dos acervos, coleções e exposições; de ferramentas básicas para a elaboração de projetos de expografia; das metodologias da História Oral; de métodos de identificação, registro e divulgação dos bens culturais.
Fique atento aos prazos para inscrições!
Categoria | Até | Valor |
---|---|---|
Docente Ensino Superior | 04/08/2019 | 150.00 |
Docente Ensino Básico | 04/08/2019 | 100.00 |
Discente Pós-graduação | 04/08/2019 | 100.00 |
Discente PIC/PIBIC/PIBID/PIBIT/PIBIS/PET e RP | 04/08/2019 | 100.00 |
Ouvinte | 06/10/2019 | 50.00 |
CRONOGRAMA DE INSCRIÇÕES
INSCRIÇÕES |
DATAS |
Apresentação de propostas de Simpósios Temáticos e Minicursos |
De 01/05/2019 a 31/05/2019 |
Aprovação e divulgação dos Simpósios Temáticos e Minicursos |
Até 09/06/2019 |
Inscrição de trabalhos nos Simpósios Temáticos |
De 10/06/2019 a 31/07/2019 |
Prorrogação de Inscrição de trabalhos nos Simpósios Temáticos | De 31/07/2019 a 04/08/2019 |
Inscrição e confirmação de pagamento de Ouvintes | De 10/06/2019 a 06/10/2019 |
Inscrição de participantes nos Minicursos | De 10/06/2019 a 30/09/2019 |
Divulgação dos trabalhos aprovados para os Simpósios Temáticos |
Até 08/08/2019 |
Prazo para confirmação de pagamento de inscrição nos Simpósios Temáticos |
De 08/08/2019 a 30/09/2019 |
Inscrever
Hoje é 22/11/2024
Os prazos de inscrições de trabalhos nos Simpósios Temáticos foram prorrogados até o último horário do dia 04 de agosto (domingo).
Os lançamentos de livros ocorrerão no auditório da PUC-Maringá no dia 07 do outubro das 17h às 19h. Os interessados devem entrar em contato com a coordenação do evento.
2ª CIRCULAR
Damos início a fase de inscrição e confirmação de pagamentos de Ouvintes (de 10/06/2019 a 06/10/2019). Ao ser feita a inscrição apenas como Ouvinte, deve-se emitir o boleto de pagamento (link disponível no menu do participante). Os Ouvintes devem usar para o preenchimento do boleto bancário o código 5565. Quando se gerar o boleto, haverá sete (7) dias para o pagamento do mesmo.
Iniciamos também a fase de inscrição de trabalhos nos quarenta e um (41) Simpósios Temáticos aprovados (de 10/06/2019 a 31/07/2019). Os participantes poderão se inscrever em apenas um Simpósio Temático com apresentação de apenas um trabalho. E os trabalhos inscritos serão individuais, não se aceitando coautoria.
Ao ser feita a escolha do Simpósio Temático, a submissão do trabalho deverá conter: Título; Nome completo do participante; Categoria em que se enquadra; e um Resumo (não foram estipuladas normas para o mesmo). A divulgação dos trabalhos aprovados pelos coordenadores dos Simpósios Temáticos ocorrerá até 08/08/2019. Depois disso é que virá a etapa de confirmação de pagamento de inscrições nos Simpósios Temáticos (de 08/08/2019 a 15/09/2019). Nesta etapa disponibilizaremos um novo link para emitir o boleto de pagamento, onde informaremos os novos códigos, dadas as diferentes categorias das inscrições.
Para os Coordenadores de STs terem a possibilidade de ler com atenção os trabalhos enviados, e assim poderem fazer um melhor debate acadêmico, colocamos como prazo máximo para o envio do trabalho completo 30/09/2019. Os trabalhos que chegarem até essa data sairão nos Anais do IX Congresso Internacional, que estará pronto e disponível a todos até o final do mês de novembro de 2019. Para as normas dos trabalhos, clique aqui.
Clique no link para acessar a 1ª CIRCULAR
Luiz Felipe Viel Moreira | UEM | |
Isabel Cristina Rrodrigues | UEM | |
Marcia Elisa Teté Ramos | UEM | |
Solange Ramos de Andrade David | UEM |
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