Título: SUBGENTES E INSURGENTES: CONSTRUINDO (DES)CAMINHOS E ESPAÇOS
Autor(es): Aline Daniele Hoepers, Eduardo Augusto Tomanik
Resumo: A violência doméstica contra as mulheres se estabelece no âmbito das relações familiares e/ou afetivas e se direciona a elas, justamente por serem mulheres. Apesar dos avanços legais e das mudanças nas esferas familiar, social e relacional, este ainda é um fenômeno cotidiano e que sofre atravessamentos de diversos fatores: aspectos históricos, sociais, culturais, familiares, relacionais, midiáticos, religiosos, representacionais e pessoais se intercruzam e afetam mutuamente em sua construção e perpetuação. No processo de investigação para o Mestrado, já concluído, buscamos compreender os impactos afetivos da violência doméstica contra as mulheres. Heller (1993, pp. 15-16, tradução nossa) explica que “sentir significa estar envolvido com algo (...). Esse „algo? pode ser qualquer coisa: outro ser humano, um conceito, eu mesmo, um processo, um problema, uma situação, outro sentimento... outro envolvimento”. Os afetos se caracterizam como processos relacionais, como os efeitos criados em nós a partir destas relações que desenvolvemos.