Resumo: A História da Humanidade, toda narrada por homens, reserva espaços e tratamentos muito especiais às mulheres. Ao lado de cânticos e louvores pela beleza, os sabores e a maternidade existem sempre classificações nada favoráveis de seus outros atributos, especialmente quando colocados em comparação às qualidades que seriam próprias dos homens. De acordo com Galeano (2017), grandes vultos da História ocuparam partes de seus tempos procurando demarcar as diferenças entre os participantes de cada um dos sexos: ? Aristóteles: “a mulher é um homem incompleto” (p. 209); “a fêmea é como um macho deformado. Falta-lhe um elemento essencial: a alma” (p. 123); ? Tomás de Aquino: “a mulher é um erro da natureza, nasce de um esperma em mau estado” (p. 209); ? Erasmo de Rotterdam: “uma mulher é sempre mulher, quer dizer: louca” (p. 123); ? Arthur Schopenhauer: “a mulher é um animal de cabelos longos e pensamentos curtos” (p. 209); ? “(...) Gustave Le Bon, um dos fundadores da psicologia social, pôde concluir que uma mulher inteligente é algo tão raro quanto um gorila de duas cabeças” (p. 206).