Título: Caracterização de compostos bioativos em extratos de folhas de oliveira obtidos por distintos métodos de extração
Autor(es): Maria Clara Quadros da Silva, Aline Cristini dos Santos Silva, Bianka Saraiva Rocha, Paula Toshimi Matumoto Pintro, Cassia Inês Lourenzi Franco Rosa
Resumo:
Alimentos funcionais são aqueles que, além de fornecerem nutrientes essenciais, contem substâncias bioativas que promovem efeitos benéficos à saúde, por meio de ações metabólicas ou fisiológicas especificas nos organismos. Espécies vegetais como a Oliveira (Olea europaea) apresentam compostos bioativos com potencial funcional e terapêutico, destacando-se pelos efeitos antioxidantes, anti-inflamatórios e protetores celulares. Este estudo teve como objetivo analisar os compostos bioativos presentes nas folhas de oliveira, utilizando três métodos de extração: maceração, tintura e extrato em pó. As folhas foram coletadas em uma propriedade rural no município de Iguaraçu (PR), sanitizadas com uma solução de hipoclorito de sódio e água e submetidas aos processos de extração. Para os métodos líquidos (maceração e tintura) utilizou-se etanol e metanol como solventes, com tempo de extração padronizado de cinco dias sob refrigeração controlada a 7 °C. No método em pó, as folhas foram secas em estufas a 50°C, trituradas e peneiradas a 48 mesh. Os extratos líquidos foram filtrados e submetidos ao processo de rotaevaporação, sendo padronizado a remoção de 25 ml de solvente, com duração de 2 horas para cada tratamento. Todos os extratos foram armazenados em vidros âmbar, sendo classificados como: TE- tintura com etanol, TM-tintura com metanol, ME- maceração com etanol, MM- maceração com metanol e EP- extrato em pó. Os resultados evidenciam elevada atividade antioxidante nos extratos, com destaque para a tintura etanólica (TE), que apresentou os maiores teores de compostos fenólicos e melhores desempenhos nos ensaios ABTS e DPPH, o que pode ser atribuído à alta eficiência do etanol na extração de compostos bioativos. Além disso, a tintura etanólica se destaca por ser um solvente menos tóxico em comparação ao metanol, o que a torna uma alternativa mais segura, representando a estratégia mais eficaz entre as avaliadas, evidenciando seu potencial para aplicações funcionais.