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- Cód. Trabalho: 4756 | Palavras-chave: Política; Democratização; Esporte;
- Título: DEMOCRATIZAÇÃO DO ESPORTE NO BRASIL: OS IMPACTOS DO ABANDONO
- Autor(es): Guilherme Chicarelle Lima, Fernando Augusto Starepravo, Giovanna Xavier de Moura, João Paulo Melleiro Malagutti
- Resumo:
Introdução: No horizonte de um país que admite, constitucionalmente, o valor e a importância do esporte para os mais diversos setores da vida, e para além disso, o possui como parte de sua expressão cultural e identidade, mas que a maioria da população ainda carece em acessá-lo, emerge, como premissa, a necessidade de construir um futuro voltado para a mudança. No início dos anos dois mil, após importantes marcos históricos da política esportiva brasileira, realizaram-se as primeiras Conferências Nacionais de Esporte (CNE), as quais, destacaram a importância da universalização do acesso ao esporte e lazer em suas diretrizes centrais. Chegando a mais alta cúpula do Estado, essa discussão se apresentou entre as principais guias do que poderia ditar os rumos de uma nova política esportiva brasileira. No entanto, ao passo que, décadas depois, a maioria dos brasileiros, mesmo desejando o inverso, permanecem afastados de uma vida atrelada ao esporte, percebe-se que a peleja pela democratização do esporte segue atual, e que tal projeto não suplantou o ambiente formal para consolidar um projeto nacional que franqueasse o acesso pleno ao esporte. Objetivo: Analisar os impactos sociais resultantes do distanciamento político-institucional do projeto de democratização do esporte no Brasil proposto nas 1ª e 2ª Conferências Nacionais do Esporte. Metodologia: Esta pesquisa se utilizará de três principais métodos: revisão bibliográfica, análise documental e entrevistas semiestruturadas. Hipótese: O distanciamento político-institucional do projeto de democratização do esporte, abordado nas 1ª e 2ª Conferências Nacionais do Esporte, resultou em impactos sociais negativos, como a perpetuação das desigualdades no acesso ao esporte, uma modernização conservadora das políticas de esporte que mantém o tendencionismo na forma de aplicação das políticas públicas nesse setor, a concentração de investimentos que, na direção contrária à opinião pública, hiperfocaliza-se em megaeventos e infraestrutura de alto rendimento, e a deslegitimação da pauta do esporte democrático advinda de seu abandono pelas esferas nacionais de governança no contexto auge de sua aplicabilidade política: ampla aprovação popular do governo e vasta mobilização e apoio de diversas organizações e setores sociais em prol da construção desse novo paradigma no esporte brasileiro.