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- Cód. Trabalho: 4614 | Palavras-chave: adoçantes, edulcorantes, obesidade, tolerância à glicose, ingestão alimentar, lipólise.
- Título: INGESTÃO PRECOCE DE SACAROSE E DE REBAUDIOSIDEO A POR RATOS E SEUS EFEITOS NA FASE JOVEM E NA PROGRAMAÇÃO METABÓLICA DO ADULTO
- Autor(es): Tanmiris Carolina Andrade Colussi, Carolina Santos Campos de Oliveira, Eduardo de Oliveira dos Santos, Letícia Ferreira Barbosa, Fernanda Losi Alves de Almeida, Cecília Edna Mareze-Costa
- Resumo:
A obesidade é uma das principais causas de morte evitáveis em todo o mundo, e o seu desenvolvimento depende da nutrição em determinados períodos críticos da vida. Este trabalho avaliou os efeitos da ingestão precoce de sacarose e de rebaudiosideo A (RebA) por ratos, afim de testar a hipótese de que a ingestão de adoçantes, tanto nutritivos como não nutritivos, pode interferir na composição corporal e nos mecanismos de controle metabólico do rato jovem, e modificar sua programação metabólica na idade adulta. O projeto foi aprovado pela Comissão de Ética no Uso de Animais da Universidade Estadual de Maringá (no 2807101018). Foram utilizados ratos Wistar machos, com 21 dias de idade, que receberam, nos bebedouros, água pura ou adicionada com sacarose (4g/L) ou com o RebA (5,5 mg/kg), até completarem 60 dias de idade, quando então a metade dos animais de cada grupo foi eutanasiada. Os demais animais passaram a receber apenas água e foram eutanasiados com 90 dias de idade. Os resultados obtidos, com relação aos efeitos imediatos da ingestão dos adoçantes nos animais jovens, mostraram que: 1) a ingestão de solução de sacarose diminuiu a ingestão alimentar em 25% (p<0,05), aumentou a ingestão hídrica em 6% (p<0,05) e não alterou o ganho de peso corporal; 2) a ingestão de RebA diminuiu a ingestão alimentar em 21% (p<0,05), o ganho de peso corporal em 11% (p<0,05) e a tolerância à glicose em 30% (p<0,05). Com relação aos efeitos na programação metabólica: 1) os animais que ingeriram sacarose na fase jovem apresentaram maior ganho de peso corporal (8%, p<0,05), maior depósito de gordura subcutânea (10%, p<0,05), menor ingestão de água (9%, p<0,05) e menor tolerância à glicose na fase adulta; 2) os animais que ingeriram RebA não diferiram dos animais controle em nenhum dos parâmetros avaliados. A ingestão precoce de sacarose ou de RebA, não causou obesidade, não alterou a sensibilidade à insulina, a taxa lipolítica de adipócitos isolados e a quantidade de gordura hepática no animais com 60 ou 90 dias de idade. Em conclusão, a ingestão de sacarose durante a fase jovem, dos 21 aos 60 dias de idade, interferiu na programação metabólica do animal adulto, enquanto que a ingestão de RebA, durante o mesmo período, causou alterações metabólicas no animal jovem, mas não na programação metabólica do animal adulto.