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- Cód. Trabalho: 4566 | Palavras-chave: Gliconeogênese, Homeostase glicêmica, Ivermectina, Metabolismo hepático.
- Título: METABOLISMO SISTÊMICO E HEPÁTICO DE GLICOSE EM RATOS ADULTOS TRATADOS COM IVERMECTINA
- Autor(es): Álvaro Antonio Felipe Soares, Vanessa Lara Rissi Sabino, Maria Montserrat Diaz Pedrosa, Rosângela Fernandes Garcia
- Resumo:
A ivermectina (IV) é uma droga antiparasitária comumente utilizada no meio veterinário e em humanos. Estudos presumem que a IV tem como principal mecanismo de ação atuar sobre canais de cloreto bloqueados por glutamato, interrompendo a transmissão sináptica devido à mudança de permeabilidade do íon cloro, tendo como resultado, a paralisia e morte dos parasita. Passou a ser amplamente divulgado e administrada em pacientes com COVID-19, uma vez que, a IV mostrou potencial na inibição da replicação do novo coronavírus em estado in vitro, mas com doses tóxicas aos seres humanos. O medicamento foi testado em pacientes acometidos pela doença, todavia, apresenta resultados conflitantes e uma polêmica em âmbito mundial quanto à segurança e eficácia no tratamento dessa doença. A ineficácia da IV em pacientes com quadro grave da doença também foi relatada. Seu uso indiscriminado pode provocar efeitos adversos como a lesão hepática. Baseado nessa premissa, foram avaliados os efeitos da IV em dose terapêutica única ou multidose, sobre o metabolismo sistêmico e hepático da glicose em ratos Wistar (CEUA nº 6893080921). Um total de 64 animais foi dividido em 3 grupos tratados com IV dose única (IV-1) ou por 5 dias seguidos (IV-5), o grupo controle recebeu água (CT). Os dados obtidos neste estudo indicaram que a IV oral utilizada nos tratamentos, dose única ou multidose, não promoveu alteração significativa na homeostase sistêmica e hepática em ratos. Vale destacar que a dose utilizada foi correspondente aquela recomendada para tratamento de parasitas e vermes em humanos. Estes resultados demonstram que a IV em doses terapêuticas não promove efeitos adversos, embora as evidências atuais sobre seu uso para tratar pacientes com COVID-19 ainda sejam inconclusivas.