Cód. Trabalho: 4139 | Palavras-chave: Socialização comunicativa,Atividade de extensão,Ecologia socioambiental
Título: Desafios na socialização do conhecimento: os aprendizados da Mostra Científica de 2017 (PELD/CNPq – UEM – PEA – Nupélia)
Autor(es): Nicolli Cristina Osório1, Aline Caroline Magro de Paula1, Geovani Arnhold Moresco1, Jéssica Ernandes da Silva1, Luciane Maria Nogueira1, Matheus Maximilian Ratz Scoarize1, Natalia Carneiro Lacerda dos Santos 2, Rafaela Giacomel Rauber1, Maria Salete Ribelatto Arita3, Liliana Rodrigues4, Claudia Costa Bonecker5
Resumo: Diante do contexto da globalização é essencial que a produção científica da Universidade
esteja em equilíbrio entre os aspectos econômicos e sociais, e seja capaz de apresentar
soluções para os problemas e as necessidades da sociedade em geral. É difícil falar em
equilíbrio, pois o aspecto econômico é bastante privilegiado. Assim, para que haja
sinergia, é preciso que a globalização aconteça de forma equilibrada entre todos os setores
da sociedade (Rosalen & Santos, 2010). Desta maneira, faz-se necessário ações coletivas,
por meio de parcerias e alianças estratégicas, voltadas para o desenvolvimento
socioeconômico, acadêmico e cultural, a fim de desenvolver uma educação agregadora
como uma alternativa de sobrevivência nos espaços globalizados de competição (Arita et
al., 2015).
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Uma forma de mudar esta realidade na Universidade é por meio da socialização
do conhecimento gerado pela ciência. A socialização da ciência tem como objetivo
compartilhar o conhecimento científico produzido na Universidade com a sociedade em
geral, de forma aplicada e com linguagem e metodologias acessíveis (Arita et al., 2015).
Neste contexto, a socialização do conhecimento através de projetos de extensão
possibilita a formação de pensamento crítico sobre a fundamentação da teoria e da prática,
que resulta em transformação social. A importância da ação promovida pela extensão
Universitária envolve a apropriação do conhecimento científico pela sociedade, a qual
pode ser utilizada para a superação das desigualdades sociais e solução de problemas que
comprometem a qualidade de vida, inclusão e o desenvolvimento social (Arroyo &
Rocha, 2010). Além disso, a aproximação da comunidade leiga e de políticos aos
conhecimentos científicos na área de ecologia é imprescindível para o avanço na direção
da viabilidade de políticas públicas e social de conservação, um dos pontos-base definido
por Menz et al. (2013), que marca a concretização da socialização de conhecimentos.
O Programa de Pesquisas Ecológicas de Longa Duração “A planície de inundação
do alto rio Paraná” (PELD – sítio PIAP), junto ao Núcleo de Pesquisas em Limnologia,
Ictiologia e Aquicultura (Nupélia), a Pós-Graduação em Ecologia de Ambientes
Aquáticos Continentais (PEA) e a Biblioteca Setorial do Nupélia, tem fomentado, há
cinco anos, a extensão universitária com o propósito de promover interação entre o
conhecimento acadêmico, o conhecimento empírico e as práticas sociais da comunidade
ribeirinha, através de mostras científicas. O objetivo consiste em compartilhar
informações científicas produzidas por laboratórios de 22 áreas, que desenvolvem linhas
de pesquisas ecológicas. Ao longo desses cinco anos de Mostra Científica a metodologia
aplicada tem sido baseada nas recomendações da Organização das Nações Unidas para a
Educação, Ciência e a Cultura-UNESCO que contempla