Título: Crescimento Econômico e Comércio Externo nos 25 Anos do Plano Real
Autor(es): João Paulo Carvalho, Everton Dias Medeiros
Resumo:
Nas últimas décadas, alguns países experimentaram um amplo crescimento em vários setores exportadores, o que ajudou a alimentar a expansão do produto de sua economia, como é o caso da China, Coréia do Sul, Equador, Indonésia, México, Taiwan e outros países em desenvolvimento. (JUNG; MARSHALL, 1985; CHOW, 1987; QAZI 2012; FELIPE; LANZAFAME, 2018). A relação entre crescimento econômico e a influência das exportações é um debate que teve início com os pensadores clássicos, e continua sendo motivo de análises e debates pelos mundo econômico até os dias atuais, visto o impacto positivo da estratégia de crescimento liderada pelas exportações no processo de desenvolvimento das economias, como sugerido por Kaldor (1970) e Thirlwall (1975). Segundo teóricos desta corrente, a expansão das exportações pode ser um dos principais determinantes do crescimento econômico e ajuda a estimular a produção agregada, na alocação eficiente de recursos e maior utilização de capacidade produtiva, exploração de economias de escala e estímulo ao aprimoramento tecnológico, que ocorre devido à concorrência no mercado externo, e com este processo, há uma elevação na renda dos indivíduos. (SAHNI; ATRI, 2012). Outro fator, é que o processo de exportação gera divisas externas, permitindo a elevação dos níveis de importações de bens de capital e de bens intermediários que, por sua vez, elevam a formação de capital, estimulando o crescimento da produção (BALASSA, 1978). Além disso, tal política pode promover a difusão do conhecimento técnico (GROSSMAN; HELPMAN, 1991) e aumentar a eficiência no mercado internacional, através da competição (KRUEGER, 1980)