Cód. Trabalho: 38 | Palavras-chave: Imigração haitiana, português língua de acolhimento, inserção social.
Título: O ENSINO DA LÍNGUA PORTUGUESA E A CONSTRUÇÃO DE UM ESPAÇO DE ACOLHIMENTO PARA HAITIANOS EM DOURADOS (MS)
Autor(es): Carolina de Campos Borges; Marilze Tavares; Alex Dias
Resumo: Este trabalho discute a importância do ensino da língua portuguesa para imigrantes refugiados a partir da realização do projeto de extensão “Ações de facilitação da inserção social de haitianos em Dourados (MS)”, em andamento desde julho de 2017 na Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD). Este projeto reúne, atualmente, professores e alunos da UFGD, além de voluntários sem vínculo com a universidade, com o propósito de desenvolver atividades que contribuam para suprir algumas das necessidades dos haitianos que vivem na cidade de Dourados, no estado de Mato Grosso do Sul, e, assim, amenizar o sofrimento que marca a experiência migratória de pessoas refugiadas. Em diversos momentos da história, ocorreu de comunidades terem que se deslocar de seu país de origem e migrar para outros, fugindo de situações como guerra, pobreza, conflitos, catástrofes, perseguições, etc, como afirmam Pacífico & Pinheiro (2013). No entanto, foi após a 2ª guerra mundia que a preocupação com esta temática expandiu-se mundialmente. Em consequência disso, em 1950, a Organização das Nações Unidas (a ONU) criou o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), órgão responsável por proteção e assistência aos refugiados em âmbito internacional. Naquela ocasião, no âmbito do Direito Internacional, foi considerado como refugiado: “toda pessoa que esteja fora de seu país de nacionalidade ou de residência habitual (se apátrida) em virtude de perseguição, ou temor bem fundado de perseguição, por raça, religião, nacionalidade, opinião política ou pertencimento a grupo social, e não possa ou não queira retornar em virtude do temor de perseguição acima mencionado”.