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- Cód. Trabalho: 37 | Palavras-chave: Delegacia da Mulher, Psicologia, Acolhimento
- Título: DELEGACIA DA MULHER ENQUANTO DISPOSITIVO DE DENÚNCIA E DEFESA DE DIREITOS
- Autor(es): Andressa Caroline Frasson, Bárbara Cossettin Costa Beber Brunini, Gabriel Henrique da Silva Honório.
- Resumo:
Introdução
Este relato de experiência é referente às atividades propostas pelo curso de Psicologia da Universidade Paranaense – UNIPAR, realizadas no Estágio Supervisionado Curricular Obrigatório Específico I, o qual foi desenvolvido na Delegacia da Mulher de Umuarama - PR.
Mantendo o olhar voltado à mulher e seus direitos, buscamos através da Psicologia e da leitura de teóricas feminista refletir sobre a visão de subalternidade imposta socialmente à mulher enquanto corpo naturalizado pela capacidade reprodutiva, provedora que a sociedade machista e misógina construiu historicamente.
Assim, tornando-se nosso foco de atenção às práticas voltadas ao empoderamento e acolhimento preservando as narrativas das vítimas de violência doméstica, propondo intervenções através da escuta ativa e do plantão psicológico com uma população específica, a qual se refere a um grupo de mulheres em situação de violência doméstica que se apresentam ao estabelecimento da Delegacia da Mulher no município de Umuarama-Paraná, para o processo de denúncia e representação da violência para justiça.
As oitivas foram realizadas primeiramente através de intervenções de busca ativa feitas por ligações telefônicas as quais tiveram como objetivo fortalecer diálogos e favorecer o acompanhamento do processo de denúncia e esclarecimento sobre o conjunto de direitos prescritos pela Lei Maria da Penha.
Através de escuta ativa e acompanhamento ao processo, pretendíamos oferecer amparo emocional e psicológico tanto às vítimas quanto as famílias que também são afetadas diante o acontecimento de violência doméstica. A busca ativa e a oitiva foram intervenções que favoreceram os encaminhamentos necessários diante as demandas apresentadas pelas mulheres, facilitando igualmente a conversação com a rede de atenção a favor das mesmas.
Discorrendo sobre o processo de subjetivação e a historicidade do corpo feminino, falaremos sobre esse relato de experiência no estágio em Psicologia, ressaltando nossa preocupação em compreender quais fatores levaram a desencadear tal violência. Ao nos colocarmos dentro da realidade da outra, estaremos ouvindo e intervindo sobre os impactos psicológicos da violência doméstica.
Assim