Resumo: A busca por praticidade e baixo custo refletem o aumento da aquisição de motocicletas no Brasil. Porém, a falta de estrutura nas estradas e a imprudência, principalmente dos jovens fazem com que acidentes e óbitos sejam recorrentes. Diante disto, o objetivo deste trabalho foi verificar a tendência da série temporal da taxa de mortalidade por acidentes de motocicleta, para cada 100000 habitantes, e ajustar uma regressão para cada região do Brasil. Utilizou-se dados do DATASUS TABNET referente ao número de óbitos ocorridos durante o mês e a população anual por região, no período de 1996 à 2016. Para verificar a tendência das séries, utilizou-se os testes não paramétricos: Wald-Wolfowitz, Cox-Stuart e Mann-Kendall, para ∝=5%, com o auxílio do software RStudio, e o Gretl para as regressões. Todos os testes confirmaram a existência de tendência, já observada nos gráficos. O teste de Mann-Kendall indicou que todas as séries possuem tendência crescente, pois a estatística apresentou valores positivos. As regiões norte e nordeste atenderam todos os pressupostos de uma regressão linear, enquanto que nas regiões sul e sudeste, houve falha na independência dos dados, apresentando uma tendência quadrática. Na região centro-oeste o modelo linear falhou na independência e heterocedasticidade dos dados, corrigidas pelo método de Prais-Winter. A região Nordeste apresenta o maior número de motocicletas no trânsito, e também de acidentes, o que corrobora com a tendência crescente da mortalidade apresentada nos testes, seguida da região Norte, salientando a importância de políticas públicas mais intensas para reduzir as taxas de mortalidade.