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- Cód. Trabalho: 1467 | Palavras-chave: Climatério, Risco cardiovascular, Doenças crônicas não transmissíveis.
- Título: RELAÇÃO CINTURA/ESTATURA E PRESENÇA DE COMORBIDADES EM MULHERES CLIMATÉRICAS DO SUDOESTE DO PARANÁ
- Autor(es): Maiara Frigo, Evayne de Barros, Paola Cristine de Bortoli dos Santos, Bruna Aparecida Ribeiro Rel, Eloá Angélica Koehnlein
- Resumo:
Introdução: O climatério é uma fase natural da vida da mulher em que ocorrem modificações hormonais e consequentemente alterações morfológicas, fisiológicas, psíquicas e metabólicas. O hipoestrogenismo, característico dessa fase, influencia em conjunto com outros fatores, a composição corporal das mulheres possibilitando maior acúmulo de gordura abdominal e consequentemente maior risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares (DCV). Objetivo: Avaliar o risco cardiovascular, presença de comorbidades e fase do climatério em mulheres do sudoeste do Paraná. Métodos: Pesquisa transversal com mulheres de idade entre 40 a 65 anos, residentes do Sudoeste do Paraná, que procuraram atendimento ginecológico ou nutricional nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) sob o CAAE Nº 48152115.1.0000.5564. As participantes foram classificadas de acordo o período do climatério em pré, peri e pós-menopáusicas. Coletou-se os dados de estatura e circunferência da cintura (aferida no ponto médio entre a última costela e a crista ilíca) e calculou-se a razão cintura/estatura para avaliação do risco para desenvolvimento de doenças cardiovasculares (DCV), de acordo com Browning, Hsieh e Ashwell (2010). A presença de comorbidades foi avaliada a partir do relato das participantes durante aplicação de questionário. Resultados: Foram avaliadas 95 mulheres com idade média de 52,52±5,82 anos. Em relação ao período do climatério, 58,95% (n=56) das participantes encontraram-se na pós-menopausa e 41,05% (n=39) na pré e perimenopausa. A avaliação do risco para DCV apontou que 71,76% das mulheres pré e perimenopáusicas e 78,57% das pós-menopáusicas apresentaram risco. A presença de comorbidades foi mais frequente nas mulheres pós-menopáusicas (84,2%) em comparação com as pré e perimenopáusicas (15,8%) (p<0,001). Conclusão: Verificou-se que a frequência de risco para DCV foi elevada nas mulheres estudadas, independente do período do climatério e que a frequência de comorbidades esteve mais presente no período mais tardio do climatério. Assim, destaca-se a necessidade de estratégias que envolvam mudanças no estilo de vida de mulheres no período da pré e perimenoupa, a fim de reduzir o risco de comorbidades na pós-menopausa.