Título: FREQUÊNCIA DE ISOLADOS DE Staphylococcus aureus SENSíVEIS A OXACILINA GENE mecA POSITIVOS EM UM HOSPITAL DE ENSINO
Autor(es): Regivaldo Florentino Rodrigues, Franciele Viana Fabri, Pedro Marquetti Pereira, Aline Natália de Santi, Nayara Helisandra Fedrigo, Cíntia Werner Motter, Maria Cristina Bronharo Tognim
Resumo:
Introdução:Staphylococcus aureus resistentes à oxacilina (ORSA) é um dos microrganismos mais frequentes associados às infecções relacionadas à assistência em saúde. Testes fenotípicos laboratoriais para detecção deste tipo de resistência atualmente tem sido questionados uma vez que o gene mecA tem sido encontrado também em isolados fenotipicamente sensíveis a oxacilina conhecido como OS-ORSA. Nestes isolados a dificuldade terapêutica é ainda maior. Objetivo: Avaliar a frequência de OS-ORSA isolados em pacientes do Hospital Universitário de Maringá (HUM) no período de dois anos. Metodologia: Foram recuperados 129 isolados clínicos de S. aureus de pacientes internados em diferentes unidades hospitalaresdo HUM. A identificação dos isolados e o perfil de susceptibilidade antimicrobiana foram realizados utilizando o sistema automatizado BD Phoenix ™. Todos os isolados foram caracterizados molecularmente pela metodologia de PCR com relação à resistência a oxacilina pela presença do gene mecA e pelo tipo de cassete coromossômico (SCCmec). Resultados: Foi observado que 53,5% (69/129) dos isolados clínicos foram fenotipicamente identificados como OSSA pelo teste de susceptibilidade antimicrobiana. Entretanto, dois isolados OSSA apresentaram o gene mecA (OS-ORSA). O SCCmec encontrado foi o tipo IVc (característico de comunidade) em um desses isolados, enquanto no outro não foi tipável de acordo com a técnica utilizada. Conclusões: A presença de OS-ORSA com característica comunitária no ambiente hospitalar é preocupante, uma vez que a oxacilina é a droga de escolha no tratamento de OSSA e a presença do gene mecA, independente da susceptibilidade in vitro, torna esses isolados verdadeiramente resistentes podendo levar a falha terapêutica. Dessa forma, é possível observar a importância da investigação da resistência a oxacilina para que cepas OS-ORSA não fiquem sem detecção e assim possamos amentar o sucesso terapêutico de infecções por esse microganismo.