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- Cód. Trabalho: 1413 | Palavras-chave: Obesidade; Suplementos; Hábitos alimentares.
- Título: OBESIDADE: PRIORIZAÇÃO DE CIRURGIA BARIÁTRICA A TRATAMENTO E PREVENÇÃO PELA POLÍTICA PÚBLICA DE SAÚDE
- Autor(es): Edyane Silva de Lima; Luzia Vieira Loureano Lovo
- Resumo:
Introdução: Os hábitos alimentares dos/as brasileiros/as estão cada vez mais voltados a produtos industrializados e à praticidade, os quais não são sinônimos de saudável, acarretando no aumento de peso. E diante desta situação, buscam alternativas de rápido resultado como: cirurgias bariátricas, dietas sem prescrição profissional, exercícios incompatíveis com seu estado de saúde e até mesmo sem acompanhamento profissional. Tais situações refletem, por vezes tardiamente, no serviço público de saúde onde o quadro de obesidade já está instalado, acompanhado de doenças associadas como: diabetes, dislipidemia, problemas cardíacos, entre outros. Requerendo mudança de hábitos alimentares, físico, social e psíquico, necessitando que os órgãos públicos desenvolvam ações de prevenção e tratamento da obesidade e de suas comorbidades. Objetivos: Analisar e refletir sobre os indicadores de obesidade, bem como os métodos inadequados de perda peso no Brasil. Métodos: A pesquisa é de caráter descritivo documental, apoiada em coleta de dados epidemiológicos, populacionais e de mercado, a partir das bases: SBCBM (Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica), VIGITEL (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção de Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), Abenutri (Associação Brasileira das Empresas de Produtos Nutricionais). Resultados: Pesquisas realizadas pela VIGTEL em 2017 e SBCBM em 2018, revelaram que o número de cirurgias bariátricas é crescente no Brasil, entre 2008 e 2017 houve um aumento de 215% na realização destas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), tendo crescimento anual de 13,5%. O estado do Paraná se destaca na realização do procedimento cirúrgico, responsável por 47% do total SBCBM (2018). A mesma pesquisa revela que a população elegível a este tipo de procedimento no país é de 4,9 milhões de pessoas, porém a demora pela realização da cirurgia via SUS, resulta na busca por tratamentos errôneos como: suplementação e dietas inadequadas, procedimentos estéticos e prescrição de produtos e tratamentos por profissionais não capacitados, derivando em possíveis doenças e distúrbios. E ainda, há a alta lucratividade e a ampliação do mercado de suplementos, que fatura 1,9 bilhões por ano no país e cresceu 11% em 2017 (ABENUTRI, 2017), mesmo permeado pela conjuntura de crise econômica. Conclusão: Observa-se a priorização e alto investimento no serviço especializado de cirurgias ao invés do tratamento e prevenção da obesidade pela política pública de saúde. Faz-se necessário inverter essa lógica, desenvolver ações com grupos mediante acompanhamento de equipes multidisplinares aproveitando, por exemplo, o programa estratégia saúde da família, para alterar o quadro de obesidade, bem como contribuir para a diminuição do alto índice de mortalidade por doenças cardiova