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- Cód. Trabalho: 1244 | Palavras-chave: Discriminação, Transexuais, Mercado de trabalho formal.
- Título: DIFICULDADES DE INSERÇÃO E PERMANÊNCIA NO MERCADO DE TRABALHO FORMAL: UM ESTUDO COM TRANSEXUAIS
- Autor(es): Giovanna da Cunha Espilman Dourado, Juliana Marangoni Amarante
- Resumo:
O estudo objetivou compreender as manifestações discriminatórias que desafiam a entrada e permanência de transexuais no mercado de trabalho formal. Suscetíveis à violência simbólica no nível macro social e à violência interpessoal no nível micro (CARRIERI; SOUZA; AGUIAR, 2014), transexuais encontram barreiras em diversas esferas da vida social. A relevância do tema no âmbito da Administração se evidencia visto que 90% dos transexuais e travestis se prostituem no país, fato que reflete a falta de oportunidades de trabalho (ANTRA, 2018). Para a realização da pesquisa foram realizadas nove entrevistas semiestruturadas, com homens e mulheres transexuais, escolhidos por meio da técnica de amostragem “bola de neve” (VINUTO, 2014) e analisadas mediante análise de conteúdo. Constatou-se que as manifestações discriminatórias contra transexuais iniciam-se antes de seu ingresso no mercado de trabalho, ainda em idade escolar, afetando sua formação. Posteriormente, a discriminação dificulta sua contratação e permanência em um emprego formal. A origem da discriminação é difusa, vem tanto dos contratantes, por motivação pessoal ou por medo de reações negativas alheias que possam prejudicar o negócio, quanto de colegas de trabalho e clientes, fazendo com que aqueles que conseguem se inserir no mercado de trabalho formal, acabem limitando suas carreiras a espaços onde são melhor aceitos. Conclui-se que existe a necessidade de criação de políticas inclusivas para que este grupo possa ter as mesmas possibilidades que os demais. Trata-se de uma tarefa difícil, pois, mais do que uma questão organizacional, isso implica mudanças socioculturais.